Pecuária

Começa vacinação contra a febre aftosa

Primeira etapa anual pretende vacinar 1,65 milhões de bovinos e bubalinos na região até o final deste mês

A partir desta quarta-feira, inicia-se mais uma temporada de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande Sul. A primeira etapa vai até o final do mês e pretende vacinar 12,5 milhões de bovinos e bubalinos no Estado, sendo 1,65 milhão deles da Zona Sul. Neste ano, o processo contará com uma novidade: As doses diminuíram de tamanho, passando de 5ml para 2ml. A mudança deverá acarretar também em redução de custo para o pecuarista.

A mudança se dá após a remoção do tipo C da fórmula, segundo o supervisor regional da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Valmor Lansini. A vacina é bivalente, contra os vírus tipo A e O. Ele diz que uma das vantagens é o menor custo, projetando um valor médio entre R$ 1,20 e R$ 1,25 por unidade, inferior ao ano passado, que ficou entre R$ 1,30 e R$ 1,50. Os frascos também mudaram, com a comercialização em embalagens de 15 ou 50 doses. A outra vantagem da nova fórmula é a diminuição dos nódulos após a aplicação. Os abscessos são menores e em menor quantidade pelo que foi visto em um primeiro momento, de acordo com o supervisor.

Nesta fase da campanha, todos os bovinos e bubalinos precisam ser vacinados, independente da idade ou do tamanho do rebanho. A próxima, em novembro, englobará apenas animais de zero a 24 meses de idade. Neste ano, novamente, não haverá nenhum tipo de gratuidade. Em Pelotas, a Seapdr fala que pelo menos sete locais estão cadastrados para realizar as vendas. Após adquirida, a vacina precisa ser conservada em temperaturas entre 2°C e 8°C.

Comprovação
Embora desde 2001 não hajam registros da doença no Rio Grande do Sul, a importância da prevenção segue sendo ressaltada pelos órgãos públicos. "Estamos mobilizados e motivando nossos pecuaristas para que vacinem o rebanho e garantam que o nosso Estado fique livre desta grave doença", disse o titular da SEAPDR, Covatti Filho, em nota publicada no site do governo.

Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade, é necessário apresentar comprovante de vacinação em até cinco dias úteis após o término da etapa. Para isto, deverá levar nota fiscal à SEAPDR, que em Pelotas fica na rua Barão de Santa Tecla, 469. O não cumprimento disso pode acarretar em multa, com o valor mínimo sendo de R$ 1.172,13, além do impedimento de transitar com os animais até que ocorra a regularização.

Embora a doença não esteja presente por aqui há quase duas décadas, Lansini diz que não vê uma desmobilização dos produtores, muito pelas lembranças do prejuízo do último foco, que de acordo com dados do governo, geraram gastos diretos de U$$ 25 milhões e abate sanitário de 29 mil animais. Além disso, a ameaça constante, pela presença do vírus altamente contagioso e de rápida disseminação em outros países, faz com que os pecuaristas tenham o máximo de cuidado. A meta é de 90% de cobertura na vacinação. No ano passado, entre as duas etapas, o estado atingiu 97%. Pelotas, na primeira etapa, manteve média igual.

Inventário de animais
A atualização do inventário de animais também vai até o final de maio. O pecuarista precisa manter atualizado o cadastro de todos animais presentes em sua propriedade. A não realização desta etapa também pode acarretar em multa ou advertência.

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